A dor crônica é uma condição que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, impactando diretamente a qualidade de vida, o sono, o humor e a produtividade. Ao contrário da dor aguda, que tem duração limitada e função protetora, a dor crônica persiste por mais de três meses, mesmo após a cura aparente da causa inicial.

O tratamento para dor crônica deve ser individualizado e multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais capacitados para oferecer alívio, controle e recuperação funcional.

O Que É Dor Crônica?

A dor crônica pode ser contínua ou intermitente, variando em intensidade, e muitas vezes não está mais relacionada a uma lesão ativa. Ela pode afetar diversas regiões do corpo e está associada a alterações no sistema nervoso central e periférico.

Principais Causas da Dor Crônica

A dor crônica pode ter diferentes origens, incluindo:

• Hérnia de disco e problemas na coluna vertebral
• Artrose, artrite e doenças reumatológicas
• Fibromialgia
• Cefaleias crônicas (enxaqueca, dor tensional)
• Neuropatias diabéticas e outras dores neuropáticas
• Lesões musculares ou articulares mal curadas
• Doenças autoimunes ou pós-operatórias
• Síndrome da dor miofascial

Sintomas Associados à Dor Crônica

Além da própria dor, a condição pode provocar:

• Fadiga constante
• Distúrbios do sono
• Ansiedade e depressão
• Limitação física e social
• Redução da capacidade de trabalho

Por isso, o tratamento para dor crônica deve abranger tanto o alívio físico quanto o suporte emocional e funcional.

Tratamento para Dor Crônica

O tratamento deve ser individualizado e considerar a causa da dor, sua intensidade, localização e o impacto na vida do paciente. Entre as abordagens mais utilizadas estão:

• Tratamento medicamentoso:

Analgésicos, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes, antidepressivos e relaxantes musculares

• Terapias físicas:

Fisioterapia, reeducação postural, eletroterapia, exercícios terapêuticos

• Terapias complementares:

Acupuntura, liberação miofascial, osteopatia e massagens terapêuticas

• Bloqueios anestésicos e infiltrações:

Procedimentos minimamente invasivos para alívio de dores localizadas

• Psicoterapia e terapia cognitivo-comportamental:

Para lidar com o estresse, ansiedade e fatores emocionais ligados à dor

• Abordagem integrativa e estilo de vida:

Alimentação equilibrada, atividade física adaptada e práticas de autocuidado

Importância do Tratamento Multidisciplinar

A dor crônica é complexa e, muitas vezes, envolve aspectos físicos, emocionais e sociais. Por isso, o tratamento multidisciplinar é o mais indicado, reunindo profissionais especializados no controle da dor para oferecer uma abordagem completa, com foco na melhora da função e da qualidade de vida do paciente.

A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por dor muscular generalizada, fadiga intensa, distúrbios do sono, alterações do humor e dificuldade de concentração. Essa condição afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, sendo mais comum em mulheres entre 30 e 60 anos. Embora ainda não tenha cura, o tratamento para fibromialgia é eficaz para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

O Que É Fibromialgia?

 A fibromialgia é uma condição de origem multifatorial, ligada à forma como o sistema nervoso processa sinais de dor. Pessoas com essa síndrome apresentam aumento da sensibilidade à dor, mesmo sem inflamações ou lesões aparentes nos músculos ou articulações. Isso acontece por alterações nos neurotransmissores e na forma como o cérebro interpreta os estímulos.

Principais Sintomas da Fibromialgia

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

• Dores musculares difusas por todo o corpo
• Cansaço constante, mesmo após dormir bem
• Distúrbios do sono (sono leve e não reparador)
• Dificuldade de concentração e lapsos de memória (chamado de “fibro fog”)
• Rigidez ao acordar
• Formigamento nas mãos ou pés
• Dor de cabeça, ansiedade ou depressão
• Sensibilidade ao toque, ao frio e ao estresse

Esses sintomas impactam a rotina, o trabalho, os relacionamentos e o bem-estar emocional dos pacientes.

Diagnóstico da Fibromialgia

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, feito por um médico (geralmente reumatologista), com base no histórico do paciente e nos sintomas apresentados. Não existe um exame laboratorial específico, mas exames complementares são utilizados para descartar outras doenças reumatológicas ou musculares.

Tratamento para Fibromialgia

Embora a fibromialgia não tenha cura, é possível controlar os sintomas com um plano de tratamento individualizado e multidisciplinar. O tratamento para fibromialgia envolve:

• Tratamento medicamentoso: Antidepressivos e moduladores da dor; Relaxantes musculares e analgésicos e Suplementos (em casos específicos)

• Fisioterapia e atividade física: Exercícios aeróbicos leves e alongamentos, Pilates, hidroterapia e fortalecimento muscular e Técnicas de relaxamento e respiração

• Psicoterapia: Apoio emocional e manejo do estresse; Terapia cognitivo-comportamental

• Abordagens complementares: Acupuntura; Massoterapia; Meditação, yoga e mindfulness; Alimentação anti-inflamatória

O acompanhamento regular com uma equipe especializada é fundamental para garantir a eficácia do tratamento e prevenir crises de dor.

Qualidade de Vida é Possível

Com diagnóstico precoce, apoio profissional e mudanças no estilo de vida, é totalmente possível conviver com a fibromialgia com menos dor e mais autonomia. A chave está em entender a condição, respeitar os limites do corpo e adotar hábitos saudáveis.

A fisiatria, também conhecida como medicina física e reabilitação, é a especialidade médica responsável pelo diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças e lesões que afetam os músculos, ossos, articulações, tendões, ligamentos e nervos, com foco na recuperação funcional e qualidade de vida do paciente — tudo isso sem a necessidade de cirurgia.

O médico fisiatra é capacitado para tratar dores, traumas e disfunções físicas, promovendo a reabilitação por meio de recursos clínicos, terapias físicas e acompanhamento multidisciplinar.

O Que Faz um Médico Fisiatra?

O fisiatra atua de forma ampla no tratamento de:

• Dores musculoesqueléticas crônicas (como lombalgias e cervicalgias)
• Lesões esportivas
• Hérnias de disco e ciatalgia
• Recuperação pós-fratura ou pós-cirurgia ortopédica
• Doenças neurológicas (AVC, Parkinson, esclerose múltipla)
• Reabilitação de amputados
• Paralisia cerebral e alterações motoras em crianças
• Distúrbios da marcha e do equilíbrio em idosos

A atuação do fisiatra é essencial para restaurar a mobilidade, aliviar a dor, prevenir limitações futuras e promover independência funcional.

Quando Procurar um Fisiatra?

Você deve procurar um fisiatra quando apresentar:

• Dores crônicas que não melhoram com o tempo
• Limitação de movimentos após lesão ou cirurgia
• Fraqueza muscular ou dificuldade para caminhar
• Recuperação de AVC, trauma raquimedular ou lesões neurológicas
• Desejo de tratar lesões com abordagem conservadora, sem cirurgia

O fisiatra avalia o paciente de forma global e cria um plano terapêutico personalizado, que pode incluir fisioterapia, medicamentos, infiltrações, reeducação postural, orientações ergonômicas e muito mais.

Tratamentos e Recursos Utilizados na Fisiatria

O tratamento em fisiatria é centrado na recuperação funcional com o mínimo de intervenção invasiva. Entre os recursos mais utilizados estão:

• Bloqueios e infiltrações para controle da dor
• Exercícios terapêuticos supervisionados
• Prescrição de órteses e próteses
• Técnicas de neuromodulação e estimulação elétrica funcional (FES)
• Avaliação biomecânica e postural
• Terapias complementares (acupuntura, pilates, RPG, entre outras)
• Tudo é feito em parceria com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais da equipe multidisciplinar.

Benefícios da Medicina Física e Reabilitação

• Tratamento personalizado e humanizado
• Redução do uso de medicamentos e procedimentos invasivos
• Prevenção de complicações e sequelas
• Melhora da dor, da força e da mobilidade
• Retorno mais rápido às atividades do dia a dia e ao trabalho
• Abordagem integral do paciente, com foco na função e na independência