A síndrome do túnel do carpo é uma condição comum que afeta milhões de pessoas no mundo todo, principalmente aquelas que realizam movimentos repetitivos com as mãos e os punhos. Essa síndrome é causada pela compressão do nervo mediano, que passa por um canal estreito no punho chamado túnel do carpo.

A boa notícia é que existem várias opções de tratamento para síndrome do túnel do carpo, desde medidas conservadoras até procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos.

O que é a Síndrome do Túnel do Carpo?

A síndrome do túnel do carpo ocorre quando o nervo mediano, responsável pela sensibilidade e movimentos de parte da mão, é comprimido dentro do túnel do carpo — um espaço formado por ossos e ligamentos no punho. Essa compressão pode gerar sintomas como dormência, formigamento e dor.

Principais Causas

• Movimentos repetitivos com as mãos (como digitar, costurar ou usar ferramentas manuais)
• Lesões no punho, como fraturas
• Condições médicas como artrite reumatoide, diabetes ou hipotireoidismo
• Gravidez (por retenção de líquidos)
• Fatores genéticos ou anatômicos

Sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo

• Formigamento ou dormência nos dedos (principalmente polegar, indicador e médio)
• Dor no punho que pode irradiar para o braço
• Perda de força nas mãos
• Dificuldade para segurar objetos pequenos
• Piora dos sintomas à noite ou ao acordar

Se não tratada, a síndrome pode causar lesões permanentes no nervo mediano e perda funcional da mão.

Tratamento para Síndrome do Túnel do Carpo

O tratamento para síndrome do túnel do carpo depende da gravidade dos sintomas e do estágio da compressão.

Tratamento conservador (não cirúrgico):

• Uso de talas para imobilizar o punho, principalmente à noite
• Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos
• Fisioterapia e exercícios de alongamento
• Mudanças ergonômicas no ambiente de trabalho
• Infiltrações com corticosteroides

Tratamento cirúrgico:

Quando os sintomas são intensos, persistem por mais de 6 meses ou há sinais de comprometimento do nervo, pode ser indicada a cirurgia do túnel do carpo. Esse procedimento, geralmente minimamente invasivo, tem como objetivo liberar o nervo comprimido, proporcionando alívio rápido e duradouro dos sintomas.

Diagnóstico e Prevenção

O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é feito por um especialista, com base nos sintomas, exames clínicos e testes como eletroneuromiografia. A prevenção inclui pausas frequentes durante atividades repetitivas, uso correto do teclado e ferramentas, e fortalecimento muscular.

A rizartrose, também conhecida como artrose do polegar, é um tipo específico de artrose (desgaste da cartilagem) que afeta a articulação da base do polegar, chamada de articulação trapézio-metacarpal. Essa condição é comum, especialmente em mulheres a partir dos 40 anos, e pode causar dor, fraqueza e limitação para realizar atividades simples do dia a dia, como abrir potes, girar chaves ou segurar objetos.

Principais sintomas da rizartrose:

• Dor na base do polegar (próximo ao punho)
• Inchaço e sensibilidade ao toque
• Dificuldade para realizar movimentos de pinça ou torção
• Diminuição da força para segurar objetos
• Deformidade progressiva da articulação em casos mais avançados

Causas da rizartrose:

• Envelhecimento natural da articulação
• Uso excessivo das mãos em tarefas repetitivas
• Predisposição genética
• Desequilíbrios hormonais (como na menopausa)
• Lesões prévias no polegar ou punho

Tratamento da rizartrose:

O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade da dor e da limitação funcional.

Opções conservadoras incluem:

• Uso de talas ou órteses para estabilizar o polegar
• Fisioterapia e exercícios para fortalecimento
• Medicamentos anti-inflamatórios
• Infiltrações com corticosteroides na articulação

Tratamento cirúrgico:

Nos casos em que a dor persiste e limita a função da mão, pode ser indicada a cirurgia para reconstrução ou substituição da articulação afetada.

A Doença de De Quervain, também conhecida como Tenossinovite de De Quervain, é uma inflamação dolorosa que afeta os tendões localizados na base do polegar, especificamente os tendões do músculo abdutor longo e extensor curto do polegar.

Essa condição é comum em pessoas que realizam movimentos repetitivos com as mãos e punhos, especialmente mães de recém-nascidos, digitadores, costureiras, cozinheiros e trabalhadores manuais.

O que é a Tenossinovite de De Quervain?

A tenossinovite de De Quervain é uma inflamação da bainha sinovial que envolve dois tendões do polegar. Quando essa bainha inflama, o deslizamento dos tendões se torna doloroso, especialmente ao movimentar o punho ou o polegar.

Principais Sintomas da Doença de De Quervain

• Dor intensa na lateral do punho, próximo à base do polegar
• Inchaço local e sensação de calor ou rigidez
• Dificuldade para segurar objetos, abrir potes ou segurar o bebê
• Dor que piora com movimentos de pinça ou torção
• Sensibilidade ao pressionar a base do polegar

Um teste simples, chamado teste de Finkelstein, é utilizado por médicos para confirmar o diagnóstico: ao fechar a mão com o polegar dentro dos dedos e desviar o punho, o paciente sente dor intensa na região afetada.

Causas e Fatores de Risco

• Movimentos repetitivos do polegar e punho
• Sobrecarga da mão, especialmente em tarefas domésticas ou com o bebê
• Gravidez e pós-parto (alterações hormonais + esforço)
• Artrite reumatoide
• Uso excessivo do celular ou mouse
• Trauma ou lesões no punho

Tratamento para a Doença de De Quervain

O tratamento para a tenossinovite de De Quervain depende da gravidade dos sintomas e do tempo de evolução.

Tratamento conservador:

• Uso de órtese ou tala para imobilizar o punho e polegar
• Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos
• Sessões de fisioterapia e terapia ocupacional
• Evitar atividades que causam dor
• Infiltrações com corticosteroides (nos casos mais resistentes)

Tratamento cirúrgico:

Nos casos em que os sintomas persistem por mais de 6 meses e não respondem ao tratamento clínico, pode ser indicada a cirurgia para tenossinovite de De Quervain, que consiste na liberação da bainha dos tendões para aliviar a pressão e inflamação.

Diagnóstico e Prevenção

O diagnóstico é clínico, realizado por um ortopedista ou reumatologista. A prevenção da doença de De Quervain passa por cuidados como pausas durante atividades repetitivas, fortalecimento da musculatura do punho e uso de apoio ergonômico.

O dedo em gatilho, também chamado de tenossinovite estenosante, é uma condição que afeta os tendões flexores dos dedos, provocando dor, rigidez e uma sensação de travamento ao tentar dobrar ou esticar o dedo. Quando o dedo “fica preso” em uma posição dobrada e depois estica com um estalo — como o gatilho de uma arma — estamos diante de um caso clássico de dedo em gatilho.

Esse problema é comum em adultos, especialmente entre os 40 e 60 anos, e também pode ocorrer em pessoas que realizam movimentos repetitivos com as mãos.

O Que Causa o Dedo em Gatilho?

O dedo em gatilho ocorre quando há um espessamento ou inflamação da bainha que envolve o tendão responsável pelo movimento de flexão do dedo. Esse espessamento impede o deslizamento suave do tendão, causando o travamento e a dor.

Fatores que aumentam o risco:

• Movimentos repetitivos com as mãos e dedos
• Diabetes e artrite reumatoide
• Atividades manuais intensas
• Histórico familiar
• Uso excessivo do celular, teclado ou ferramentas manuais

Sintomas do Dedo em Gatilho

• Dor na base do dedo (geralmente próximo à palma da mão)
• Travamento do dedo ao abrir ou fechar a mão
• Estalos dolorosos ao movimentar o dedo
• Sensação de rigidez ao acordar
• Em casos mais graves, o dedo pode ficar preso em posição dobrada e exigir ajuda para esticar

Os dedos mais afetados são o polegar, o dedo anelar e o médio, mas qualquer dedo pode ser acometido.

Tratamento para Dedo em Gatilho

O tratamento para dedo em gatilho varia conforme o grau da lesão e a resposta do paciente às medidas iniciais.

Tratamento conservador:

• Imobilização com tala para descanso do tendão
• Medicação anti-inflamatória
• Fisioterapia para alongamento e fortalecimento
• Infiltração com corticosteroides, que pode aliviar os sintomas rapidamente

Tratamento cirúrgico:

Quando o tratamento conservador não resolve ou o caso é mais avançado, pode ser indicada a cirurgia para dedo em gatilho. O procedimento é simples e visa liberar a bainha do tendão, permitindo seu movimento livre. A recuperação é rápida e, em muitos casos, o paciente retoma suas atividades em poucos dias.

Diagnóstico e Prevenção

O diagnóstico é feito com base nos sintomas e em exame físico realizado por um ortopedista especialista em mão. A prevenção inclui pausas em atividades repetitivas, fortalecimento da musculatura das mãos e ergonomia no ambiente de trabalho.